Na noite desta quinta-feira, um triste episódio de racismo marcou a partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, no Paraguai. O confronto ocorreu no Estádio Ghunter Vogel, na cidade de San Lorenzo, e teve dois jogadores alviverdes como alvos de ataques discriminatórios: Luighi e Figueiredo.
Figueiredo foi vítima de um torcedor que, segurando uma criança no colo, imitou um macaco enquanto o jogador passava pela lateral do campo. Já Luighi sofreu ainda mais com a hostilidade racista. Além de receber uma cusparada, ele relatou ao árbitro ter sido chamado de “macaco” e, abalado, chorou no banco de reservas.
Após a partida, Luighi desabafou em entrevista, demonstrando indignação não apenas pelo ato racista, mas também pela falta de questionamentos sobre o episódio por parte do entrevistador da transmissão oficial da Conmebol. Seguindo um protocolo da entidade, o profissional limitou-se a perguntar sobre o jogo, sem mencionar a agressão sofrida pelo atacante palmeirense.
Diante do ocorrido, o Palmeiras se manifestou com um posicionamento firme contra o racismo. Em nota oficial, o clube repudiou veementemente o caso:
“É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da CONMEBOL. A Sociedade Esportiva Palmeiras presta toda solidariedade aos atletas do clube que estão disputando a Libertadores Sub-20 no Paraguai e comunica que irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos.
Racismo é crime! E a impunidade é cúmplice dos covardes!
As suas lágrimas, Luighi, são nossas! A Família Palmeiras tem orgulho de você!”
O episódio reacende o debate sobre o racismo no futebol sul-americano e a necessidade de punições rigorosas para combater tais atos. Até o momento, a Conmebol não se pronunciou sobre o caso.