A chegada de Carlo Ancelotti ao comando da seleção brasileira põe fim a um antigo desejo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que vinha de olho no técnico italiano há dois anos. Foi assim que Renato Paim relembrou no programa ‘Marcador’, da Rádio MARCA, em conversa com Pablo Parra. “O Brasil tinha o sonho, a esperança de ter Ancelotti”, explicou o jornalista brasileiro, que foi um dos primeiros a noticiar o negócio.A eliminação do Brasil da Copa do Mundo de 2022, no Catar, diante da Croácia, precipitou a vontade de renovar o projeto. Desde então, três treinadores passaram pelo banco sem sucesso.
Com a seleção em quarto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas e uma dura derrota para a Argentina como pano de fundo, a CBF mais uma vez apostou todas as fichas em Ancelotti, que desta vez aceitou o desafio.Um treinador estrangeiro pela primeira vez… e com hierarquia. Embora existam precedentes anedóticos, Ancelotti será o primeiro técnico estrangeiro oficial a comandar a Canarinha. Um feito excepcional para um país que conquistou cinco Copas do Mundo com técnicos nacionais, mas que agora reconhece um perfil diferente no italiano. “É sabido que Carlo é uma exceção, que ele é o melhor treinador da história”, argumentou Paim( Jornal marca da espanha).

Ancelotti, que assinará contrato definitivo com a seleção canarinha após a temporada, estreará contra o Equador e anunciará sua primeira convocação assim que a La Liga terminar. Um time cheio de talentos o aguarda no Brasil, mas com desafios significativos a superar.Os desafios: Neymar, Vinicius, Endrick e a harmonia do grupo. O novo treinador terá que reconstruir um vestiário destruído e dar uma identidade competitiva a um time repleto de estrelas. “O Brasil não está no jogo, está muito perdido ultimamente”, lamentou Renato Paim( Jornal Marca ).

Uma das principais questões gira em torno de Neymar, que está lesionado e não compareceu às últimas convocações. “Vazou que Carlo já falou com Neymar por videochamada e disse que o espera na seleção”, revelou o jornalista. Ele também terá que administrar cuidadosamente seus relacionamentos com outros jogadores importantes, como Vinicius, Endrick e Rodrygo, com quem seu relacionamento no Real Madrid teve alguns atritos.Um objetivo: vencer, não importa o que aconteça. A proximidade de Ancelotti com vários jogadores brasileiros de sua passagem pelo Real Madrid, como Casemiro e o próprio Vinicius, pode ser um fator determinante. A ideia é transferir parte da estrutura competitiva do Madrid para a Canarinha, ainda que sem prometer um “jogo bonito”, apenas resultados.
O Brasil optou por um técnico com mentalidade vencedora. “O que o Brasil está assinando é uma vitória”, insistiu Paim. Não é de surpreender que o contrato de Ancelotti inclua um bônus de cinco milhões de euros se ele vencer a Copa do Mundo. O desafio não é pequeno: devolver o Brasil aos holofotes internacionais, resgatar a autoestima da torcida e conquistar um título que o impede de conquistar desde 2002. Faltando pouco mais de um ano para a Copa do Mundo de 2026, Ancelotti enfrenta um dos maiores testes de sua carreira. E ele faz isso sabendo que, desta vez, não é necessário apenas jogar bem. Ele é obrigado a vencer.